Página: Programa/GraduaçãoAtualizada em: 24/03/2015 11:54:42 O módulo Graduação contém 17 cursos cobrindo um amplo espectro temático,
com o objetivo de propiciar aos graduandos uma visão panorâmica da
Física contemporânea. Os cursos consistem em cinco aulas com duas
horas de duração.
G01
A Física do LHC: Conceitos fundamentais e principais resultados
Professor(es): Carla Göbel
O LHC (Large Hadron Collider), no CERN, vem operando desde 2010, coletando
dados de colisões próton-próton a energias inéditas. A partir de 2015 tais
colisões ocorrrerão a 13 TeV.
Os resultados dos experimentos do LHC pretendem
ajudar a responder a uma série de questões da física fundamental, incluindo
o entedimento do Bóson de Higgs, busca a candidatos a matéria escura, dimensões
extra, origem da assimetria matéria-antimatéria, formação do plasma de quarks e
glúons, entre outras.
O objetivo deste curso é dar ao aluno uma visão atualizada
da Física de Altas Energias bem como as características e programa de Física do
LHC.
O curso está dividido nos seguintes tópicos: Breve histórico da Física de
partículas. O Modelo Padrão: QED, QCD e teoria eletrofraca. Violação de CP.
O Modelo de Higgs. Física além do modelo padrão. Colisões no LHC: Os quatro
grandes experimentos - Atlas, CMS, Alice e LHCb - suas características, principais
objetivos e resultados de Física, baseados na tomada de dados de 2011/2012.
G02
Introdução à automação de sistemas de medidas
Professor(es): Geraldo Cernicchiaro
Atualmente, a física experimental envolve o uso de diversos
dispositivos, técnicas e transdutores que codificam parâmetros
físicos em sinais elétricos. Do laboratório de matéria condensada
aos experimentos de altas energias, estão presentes sistemas para
monitorar, controlar e/ou manter constantes, diversos destes parâmetros,
tais como: temperatura, nível, posição, imagem, etc.
A ciência induz
e se transforma em função do desenvolvimento dos instrumentos científicos,
métodos de medidas e tecnologias. O objetivo deste curso é apresentar
ferramentas, conceitos, circuitos, interfaces, algoritmos e protocolos
que estão envolvidos nos processos para adquirir, registrar e manipular
dados experimentais com ênfase no uso da automação e de técnicas digitais
(PID, FFT, Labview, conversores, etc).
G03
Eletrônica Digital para Instrumentação
Professor(es): Herman Lima
Os circuitos eletrônicos digitais já são indispensáveis na
instrumentação científica há algumas décadas. Particularmente
para a área de Física experimental, diversos instrumentos de
alta precisão e alta velocidade estão disponíveis hoje comercialmente
ou são projetados para aplicações específicas em centros de pesquisa
e universidades.
Neste curso, abordaremos o desenvolvimento
de projetos com base na tecnologia Lógica Programável, incluindo os
seguintes tópicos: histórico e tecnologias atuais em eletrônica digital,
lógica programável (FPGA), introdução à linguagem VHDL, e aula prática
com ferramenta EDA.
O prérequisito para o curso é um conhecimento
básico de eletrônica digital: álgebra booleana, níveis lógicos, portas
lógicas, multiplexadores, codificadores, contadores.
G04
Detecção do campo geomagnético pelos seres vivos
Professor(es): Daniel Avalos
Os seres vivos somos sensíveis a diferentes fatores físicos ambientais,
como a pressão, a luz, a gravidade e a temperatura. Porem, também somos
sensíveis ao campo geomagnético.
O exemplo clássico desta sensibilidade
é a existência das bactérias magnetotacticas. Elas fabricam no seu
interior cadeias de nanopartículas magnéticas de magnetita (Fe3O4) ou
greigita (Fe3S4).
Estas cadeias permitem que estas bactérias orientem
seu corpo na direção das linhas do campo geomagnético, permitindo que elas
nadem seguindo estas linhas. Os animais também orientam seu corpo com
respeito ao campo geomagnético, fenômeno conhecido como alinhamento
magnético. Porem, a informação vetorial deste campo pode ser usada em
atividades de orientação espacial, e isto tem sido mostrado em diversos
animais migratórios.
Neste curso todos estes fenômenos serão discutidos
e analisados dos pontos de vista experimental e teórico.
O curso esta
pensado para estudantes de biologia, física e engenharia, por ser uma
área de estudo multidisciplinar.
G05
Ciências de Superfícies
Professor(es): Fernando Stavale
Neste curso iremos abordar aspectos teóricos e experimentais envolvendo
fenômenos físicos e químicos que ocorrem em interfaces sólido-gás.
Esses
fenômenos determinam os mecânismos de formação de superfícies, filmes e
nanoestruturas diversas, e por isso possuem grande impacto nas
propriedades funcionais dos materiais . Alguns dos fenômenos que
discutiremos incluem, reconstruções de superfície, modos de crescimento de
filmes finos, estabilidade química e adsorção de moléculas, e reatividade.
Além disso, técnicas de crescimento e caracterização de superfícies, como
evaporação, difração de elétrons de baixa energia, espectroscopia de
foto-elétrons e de elétrons Auger e microscopia de ponta de prova, força
atômica e tunelamento, seram apresentadas e amplamente discutidas.
BIBLIOGRAFIA
F. Bechstedt, /Principles of Surface Physics/, Springer-Verlag (2003).
Milton Ohring, /Materials Science of Thin Films. Deposition and Structure/, Academic Press (2001)[1].
Hans Lüth, /Solid Surfaces, Interfaces and Thin Films/, Springer (2010).
Gerhard Ertl, Jürgen Küppers: /Low Energy Electrons and Surface
Chemistry/. Ed.2, Verlag Chemie (1985).
G06
Informação Quântica |101>
Professor(es): Fernando de Melo
Resumo: Toda informação é física. Essa constatação,
datada do meio do século XX, faz com que a manipulação,
transmissão e armazenamento de informação devam obedecer
as leis da física. Com a miniaturização dos componentes
de um computador, informação começa ser codificada em
sistemas com propriedades quânticas pronunciadas, tais
como no spin de um núcleo atômico ou na polarização de
um único fóton. A informação quântica é a ciência que
descreve a manipulação, transmissão e armazenamento de
informação em sistemas quânticos.
Nesse curso introdutório à informação quântica, veremos
como a lógica quântica pode levar a computadores mais
eficientes e a protocolos de comunicação intrinsecamente
seguros. Além dessas aplicações, a informação quântica
nós dá uma nova linguagem para a mecânica quântica, e
portanto para o mundo que nos cerca.
Usaremos essa
linguagem para revisitar conhecidos efeitos quânticos,
tal como a complementaridade onda-partícula.
Toda informação é física. Será toda física informação?
G07
Introdução à cosmologia observacional
Professor(es): Ribamar Reis
Neste curso vamos apresentar os conceitos básicos da cosmologia
moderna, descrever o atual modelo padrão da cosmologia e as
principais questões em aberto como, por exemplo, a matéria escura
e a energia escura, componentes não previstos pelo modelo padrão
de física de partículas que são necessários, no contexto da relatividade
geral, para compatibilizar o modelo com as observações.
Nossa meta
principal é estudar alguns dos observáveis utilizados por experimentos
atuais e futuros para lançar luz sobre essas questões: Supernovas do
tipo Ia, lentes gravitacionais, oscilações acústicas de bárions e radiação
cósmica de fundo. Para entender como esses observáveis podem impor
vínculos sobre os parâmetros de um modelo cosmológico, vamos também
estudar conceitos básicos de análise estatística de dados. Além disso
faremos um breve resumo de algumas alternativas ao modelo padrão da
cosmologia que foram propostas e estão sendo estudadas.
Ementa:
Fundamentos da cosmologia relativística
Cosmologia observacional I: Supernovas do tipo Ia
Cosmologia observacional II: Lentes gravitacionais
Cosmologia observacional III: Radiação cósmica de fundo
Cosmologia observacional IV: Oscilações acústicas de bárions
O modelo padrão da cosmologia
Além do modelo padrão
G08
Das equações de Maxwell a novos Eletromagnetismos
Professor(es): José Helayël-Neto
Com a celebração dos 150 anos das Equações de Maxwell, e tendo
sido 2015 escolhido pela UNESCO como o Ano Internacional da Luz,
a proposta do curso é contextualizar a interação eletromagnética
e as teorias eletromagnéticas à luz sobretudo dos avanços
teóricos na compreensão das interações fundamentais e do progresso
experimental que tem conduzido a novos regimes da matéria condensada.
O resultado que se espera é que o estudante perceba a evolução de
nossa percepção do Eletromagnetismo como parte de uma Física mais ampla,
com extensões que contemplam novos cenários para a carga elétrica e
para o magnetismo intrínseco das partículas. Isto nos obriga a ter que
rever as equações para o campo eletromagnético e a contabilizar efeitos
das interações nucleares fortes e fracas nos fenômenos eletromagnéticos
através de medidas de altíssimas precisões.
Programa:
As Equações de Maxwell: de 1865/Maxwell a 1931/(Dirac e Fermi).
Estendendo a Eletrodinâmica para portadores não-eletrônicos:
de 1935/Yukawa a 1963/(Lee-Yang-Salam).
A importância do campo e do bóson de Higgs para o fenômeno eletromagnético:
a carga e a massa do elétron e a necessidade da simetria SU(2) para a interação eletromagnética de bósons vetoriais portadores de carga elétrica.
As simetrias C, P e T e a invariância-CPT para o fenômeno eletromagnético.
Violação de CP para a compreensão do momento de dipolo elétrico do elétron.
Novos regimes para a carga elétrica e propriedades eletromagnéticas de sistemas
neutros compostos e elementares. Multipolos, anapolos e o magnetismo dos
léptons carregados e dos neutrinos.
G09
Integrais de trajetória na Mecânica Quântica
Professor(es): Tobias Micklitz
A integral de trajetórias é uma formulação da mecânica quântica equivalente às
formulações padrão, que oferece uma nova maneira de olhar para o assunto, talvez
mais intuitiva do que as abordagens usuais. Aplicações de integrais de trajetórias
são tão vastas como as da mecânica quântica, incluindo a mecânica quântica de uma
partícula, mecânica estatística, física da matéria condensada e teoria quântica de
campos.
O curso dá uma introdução à técnica de integrais de trajetórias e suas aplicações
na física. Supõe-se que o aluno tenha uma base na mecânica quântica, no entanto, não é
esperado nenhum contato prévio com os integrais de trajetórias.
Depois de uma introdução
ao assunto são discutidos o esquema geral de construção do integral de trajetórias e vários
exemplos padrões. Em seguida, exploramos uma variedade de aplicações, incluindo instantons
e spin, ligações a mecânica estatística, e discutimos como generalizar os conceitos para
chegar a uma teoria quântica de campos.
Tópicos (provisório):
Revisão da mecânica quântica, primeira construção do integral de trajetórias, exemplos
Integral de trajetórias nas versões Lagrangiano e Hamiltoniano, mais exemplos
Integral de trajetórias para spin
Integral de trajetórias e mecânica estatística
Revisão da segunda quantização, integral de trajetórias para estados coerentes e teoria quântica de campos
Bibliografia:
R.P. Feynman and A. R. Hibbs, "Quantum Mechanics and Path Integrals" (McGraw-Hill, 1965)
J. Zin-Justin "Path Integrals in Quantum Mechanics" (Oxford, 2010)
A. Altland and B. Simons, "Condensed Matter Field Theory" (Cambridge, 2012)
M. Swanson, "Path Integrals and Quantum Processes" (AP, 1992)
G10
Magnetismo - da bússola aos dispositivos lógicos
Professor(es): Luiz Sampaio
Observado há mais de três mil anos, os ímãs, assim como os materiais
magnéticos em geral, tornaram-se importantes na história e no
desenvolvimento das sociedades.
A força de atração e repulsão entre
ímãs sem algo material que os ligue, tal como uma corda ou mola,
desperta curiosidade e fascínio.
Quem não brincou com ímãs quando
criança? Do advento da bússola até as mais recentes aplicações
tecnológicas - entre elas a mais notável é a gravação magnética de
alta densidade -, os materiais magnéticos se destacam pela pluralidade
de suas aplicações.
Neste curso introdutório sobre magnetismo e materiais magnéticos,
abordaremos inicialmente alguns aspectos da história do magnetismo e
da teoria eletromagnética da luz. Mostraremos como a interação entre
spins dá origem aos mais diversos tipos materiais magnéticos com
diferentes propriedades e aplicações tecnológicas presentes no nosso
cotidiano. Por fim, apresentaremos alguns modelos teóricos, além de
conceitos sobre nanomagnetismo, spintrônica e manipulação quântica.
G11
Gravitação da Lei da Gravitação Universal de Newton à Relatividade Geral de Einstein
Professor(es): Eduardo Rodrigues
Em 1687, Isaac Newton desenvolveu o primeiro modelo físico que
explica o movimento dos objetos. A partir das conhecidas três
leis de Newton e da Lei da Gravitação Universal, que quantificava
a força gravitacional, podemos derivar as leis de Kepler,
originalmente deduzida a partir de uma observação cuidadosa do
movimento planetário. Essa teoria foi considerada a teoria de
gravitação padrão até a formulação da Teoria da Relatividade Geral.
A Teoria da Relatividade Geral (TRG), formulada por Albert Einstein
em 1915, é a moderna teoria da gravitação. De acordo com esta teoria,
a gravidade não é uma força como costumava ser considerada na física
newtoniana, mas sim uma manifestação da curvatura do espaço-tempo. A
TRG mudou radicalmente nosso entendimento sobre o espaço e o tempo.
Agora a geometria do espaço-tempo é parte das equações de campo,
influenciando assim a dinâmica do sistema. A TRG produz uma descrição
clássica completa da estrutura do espaço-tempo e da gravitação. Todos
os espaços-tempos fisicamente possíveis correspondem a soluções das
chamadas equações de Einstein. Até os dias atuais, a TRG tem passado
em todos os testes experimentais e observacionais a que foi submetida. Além disso, a teoria previu a existência de objetos exóticos, como
estrelas de nêutrons e buracos negros, o atual modelo cosmológico e
também a existência de ondas gravitacionais, que têm grande possibilidade
de serem detectadas diretamente em um futuro próximo.
Neste curso iremos iniciar o estudo da gravitação com a Lei da
Gravitação Universal de Newton e terminaremos com a teoria de gravitação
mais aceita atualmente, que é a Relatividade Geral, descrevendo as ideias
básicas que guiaram Einstein a sua formulação.
G12
Termodinâmica moderna: máquinas, demônios e nanossistemas
Professor(es): Silvio Queirós
Na sua génese, a Termodinâmica teve como objectivo a descrição de relações entre
trabalho, calor e energia em sistemas macroscópicos num estado de equilíbrio. Com a
introdução da mecânica estatística - e posterior corroboração da hipótese de
descontinuidade da matéria - tornou-se possível estabelecer uma ponte a abordagem
microscópica de um sistema e o seu comportamento tal como descrito pelas leis da
Termodinâmica, de cariz heurístico. Contudo, já desde essa altura, o elemento
microscópico tornou-se um factor relevante na avaliação da robustez das leis da
termodinâmica, nomeadamente da segunda lei, a qual se encontra intimamente relacionada
com seta do tempo. Acrescente-se ainda que a equivalência entre as leis da termodinâmica
e os resultados obtidos a partir da mecânica estatística ocorrem quando a magnitude das
flutuações é bastante inferior à escala típica do problema, i.e., quando os sistemas são
suficientemente grandes (tipicamente na escala de Avogadro).
Nas últimas décadas, todos
os conceitos ligados à Termodinâmica clássica foram sendo postos à prova ou estendidos,
quer através da análises de sistemas fora do equilíbrio (estacionário) quer através do estudo
de sistemas à escala nanométrica. Neste último caso, tem sido possível estudar o
comportamento de quantidades termodinâmicas quando as suas flutuações representam um
papel relevante além de conceitos mais rebuscados como a capacidades de realizar trabalho
por acesso a informação.
O curso proposto visa permitir aos alunos de graduação inscritos na X Escola do
CBPF um primeiro contacto com os conceitos fundamentais da Moderna Teoria
Termodinâmica com aplicabilidade numa vasta gama de problemas fundamentais e
aplicados que vão desde motores moleculares (em biofísica) a informação quântica. Todos
os problemas apresentados são estudados por diferentes grupos de pesquisa do CBPF.
Tópicos
Revisão de conceitos de Termodinâmica Clássica;
Forças termodinâmicas e relações de Onsager;
O que é um sistema em equilíbrio e um sistema fora de equilíbrio?
É possível violar a segunda lei da termodinâmica? O Demónio de Maxwell;
Um olhar contemporâneo sobre a segunda lei da termodinâmica: Relações de
Cohen-Gallavotti, Jarzynski, Crooks e van den Broeck-Esposito;
Relação entre informação e trabalho: O Princípio de Landauer;
O trabalho não é uma observável no sentido quântico. Como contornar este facto?
A definição de temperatura num contexto atérmico (de mercados financeiros a vórtices em
supercondutores).
G13
Teorias e interpretações da Mecânica Quântica
Professor(es): Nelson Pinto
Neste curso discutiremos as mais importantes tentativas de esclarecer
as questões fundamentais que cercam os fenômenos quânticos,
tais como localidade, contextualidade, a fronteira entre o clássico
e o quântico, teoria da medida e realismo.
Serão tambem apresentados
alguns dos muitos avanços experimentais das últimas décadas que
contribuíram decisivamente para a elucidação de algumas destas questões,
e o papel importante que a Cosmologia pode desempenhar na
construção de uma teoria quântica consensual.
G14
Processamento de Imagens
Professor(es): Marcelo P. Albuquerque e Marcio P. Albuquerque Colaboradores: André Persechino e Clécio R. De Bom
O Processamento de Imagens desempenha papel importante dentro das ciências em geral, e em particular na física. O objetivo do processamento de imagens é extrair a informação nela presente, em que especificamente para a física, é desejável que esta informação possa ser quantificada. Por exemplo, é possível extrair informações estruturais (como estrutura cristalina de sólidos, estruturas rochosas, etc) ou permitir análises funcionais sobre organismos ou materiais diversos. Nesse sentido, é interessante que profissionais ou estudantes envolvidos em ciências tenham alguma noção em manipulação e processamento de imagens. Este curso tem por objetivo apresentar os conceitos básicos e fundamentais na área (aquisição, realce, segmentação, pós-processamento, reconhecimento de padrões), bem como ilustrá-los com aplicações diversas e algumas ferramentas de processamento.
Ementa:
Introdução e conceitos básicos (exemplos de aplicação)
Segmentação de imagens e morfologia matemática
Reconhecimento de padrões
Softwares de Processamento de Imagens
Laboratório 1: ImageJ e MATLAB
Softwares de Processamento de Imagens
Laboratório 2: ImageJ e MATLAB
Apresentação de Técnicas Lineares e Não Lineares de Processamento
G15
Uma breve introdução à história da física no Brasil
Professor(es): Antonio A. P. Videira e Cássio L. Vieira
O objetivo deste curso consiste em descrever o desenvolvimento da física
em nosso país no perríodo compreendido entre o final do século XVIII e o
final do século passado. Os seguintes temas serão abordados ao longo das
aulas (a divisão por temas não significa que cada um deles será abordado em
uma aula específica, isto é, um mesma aula poderá abordar mais de um tema
listado abaixo):
Questões teórico-metodológicas
Por que a história da ciència é relevante?
Como se pesquisa em história da ciência?
Uma história da história da ciência
A história da ciência no Brasil
A física no Brasil antes das primeiras universidades
O ensino de física nas escolas de engenharia entre o final dos setecentos e o final dos oitocentos
Henrique Morize e o ensino de física experimental na Escola Politécnica no Rio de Janeiro
Os físicos-engenheiros: Manoel Amoroso Costa e Theodoro Ramos
A profissionalização da física no Brasil
As vindas de Wataghin e Gross
A criação das faculdades de filosofia
As pesquisas em raios cósmicos
A física da matéria condensada: Gross e Joaquim da Costa Ribeiro
Os primeiros doutores em física
A criação da infra-estrutura científica
Lattes e a descoberta do méson pi
A criação do CBPF e o lugar na física na construção de um projeto de nação
As agências governamentais: CNPq e CAPES
O ensino e a pesquisa em física nas décadas de 1950 e 1960
Física em tempos sombrios
As ações políticas dos físicos brasileiros
As cassações políticas e a reorganização institucional da física no Brasil
A criação da Sociedade Brasileira de Física e da Revista Brasileira de Física
O início da pós-graduação formal
O ensino e a pesquisa em física nos anos 1970
Os Simpósios Brasileiros de Física Teórica
Um novo recomeço
O programa nuclear brasileiro
As colaborações internacionais: FERMILAB e CERN
Física e indústria
Novas linhas de pesquisa: novos materiais, ótica quântica, astrofísica relativística, etc.
Os desafios da internacionalização da física produzida em país periférico
G16
Hidrodinâmica, fônons e energia do vácuo
Professor(es): Nami Svaiter
O curso começaria com uma introdução a mecânica dos fluidos,
discutindo a equação de continuidade e equação de Navier-Stokes.
Mostraremos como chegar as equações hiperbólicas que descrevem
perturbações acústicas no fluido. Em, seguida
discutiríamos a quantização de um oscilador harmônico usando o
formalismo de segunda quantização. Com isso faríamos a quantização
das quantidades hidrodinâmicas (densidade, velocidade Euleriana, etc)
que devem ser transformadas em operadores.
Nessa etapa discutiremos a
quantização de um campo de spin zero, escalar. Finalmente,
discutiremos a regularização e renormalização da energia do vácuo,
associada aos fônons.
Esse curso seria ministrado em cinco aulas, a saber:
Mecânica dos fluidos
Oscilador harmônico (segunda quantização)
4. Quantização de campo de spin zero, escalar.
A energia do vácuo no fluido.
Bibliografia:
K. R. Symon, "Mechanics" (capitulo 8 -introdução a mecânica dos meios contínuos)
H. Goldstein, "Classical Mechanics" (capitulo 12 - introduction to the
Lagrangian and Hamiltonian formulation for continuous systems and fields")
A. Messiah, "Quantum Mechanics" (capítulo da quantização do oscilador harmônico)
L. D. Landau and E. M. Lifshitz, "Statistical Physics (seção 24) (phonons in a liquid)
"A FLUID ANALOG MODEL FOR BOUNDARY EFFECTS IN FIELD THEORY", L. H. Ford and N. F. Svaiter,
Physica Review D80, 065034 (2009).
G17
Raios Gama: Uma janela para o Universo extremo
Professor(es): Ulisses Barres
A astrofísica de raios-gama representa a última janela do espectro
eletromagnético a ser aberta para observações. Iniciada nos anos 60,
com os primeiros satélites de raios-gama lançados pela NASA, a
Astronomia Gama pode ser feita hoje tanto do espaço como da Terra,
por meio de uma nova tecnologia de telescópios desenvolvida durante
os últimos 20 anos chamada de "Imageamento Cherenkov." Por meio desta
nova técnica observacional, é possível detectar hoje raios gama com
energias extremas de até 10 tera-eletronvolts, que são produzidas
pelos objetos mais dramáticos conhecidos no Cosmos: explosões de
supernova, pulsares, buracos negros, núcleos de galáxias e aglomerados
de galáxias, entre outros fenômenos da chamada Astrofísica de Altas
Energias.
Em todos estas fontes celestes ocorre a produção dos chamados
raios-cósmicos - isto é, elétrons, prótons e núcleos de átomos que são
acelerados a altíssimas energias e permeiam todo o cosmos até atingirem
a Terra. Além de permitir o estudo da origem e produção destas partículas,
raios-gama são uma região do espectro privilegiada para se estudar
fenômenos exóticos e de fronteira da física moderna que são detectáveis
somente a energias extremas. Dentre eles, destacamos a busca pelo primeiro
sinal direto da existência de Matéria Escura, visto que as partículas
que esperamos compor esta forma ainda desconhecida de matéria devem
produzir raios gama ao decaírem. Através da observação de raios gama
podemos também buscar por novas partículas além do Modelo Padrão, como
os áxions, e testar experimentalmente novas teorias físicas como a Gravitação
Quântica.
Neste curso iremos introduzir as bases fundamentais desta nova
área da Astrofísica, passando por uma visão geral do céu em raios-gama
até discutir os resultados mais recentes na busca pela natureza oculta da
matéria escura.
A ementa detalhada do curso será:
aula 1 - Bases teóricas e técnicas observacionais da Astronomia Gama
aula 2 - A Galáxia vista em raios-gama
aula 3 - Núcleos Ativos de Galáxias
aula 4 - Cosmologia com raios-gama
aula 5 - A busca por Matéria Escura