Objetivos do O2i

Segundo o documento Física para um Brasil competitivo de 2007 - da CAPES: "O avanço científico vem com frequência associado a novos instrumentos. É bastante comum que instrumentos desenvolvidos para um determinado objetivo – muito frequentemente para experimentos científicos – acabem por ter aplicações distintas dos objetivos originais. Exemplos ilustrativos disso podem ser encontrados nos vários equipamentos de diagnóstico médico modernos, que foram desenvolvidos a partir de sensores ou instrumentos criados para pesquisa em física. Dentre esses equipamentos de uso na medicina podemos mencionar tomógrafos diversos – por ressonância magnética (MRI), por emissão de pósitrons (PET), por raios X e por ultrassom –, vários sistemas para radioterapia, como o ecocardiograma Doppler e o laser. O equipamento científico mais importante disponível no Brasil é o acelerador de elétrons que produz a luz sincrotron no LNLS, em Campinas". Atualmente, as primeiras linhas de luz da nova fonte de luz sincrotron brasileira, o SIRIUS, vêm sendo desenvolvidas e construídas com cientistas e engenheiros brasileiros, utilizando tecnologia e instrumentação científica desenvolvida no país.


Em 2012 a SBF publicou um estudo intitulado A Física e o desenvolvimento nacional. Neste documento, um dos resultados da pesquisa realizada entre docentes de Universidades e Institutos de Pesquisa, gerentes e donos de empresas indicou que um dos gargalos do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro é a nossa deficiência na qualificação de pessoal em instrumentação científica, sendo este um pilar fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias e inovação. A difusão do conhecimento e a interação entre grupos, estudantes e especialistas que aplicam e desenvolvem Instrumentação Cientifica e Tecnológica é um dos principais objetivos da 3° Oficina de Instrumentação científica e Inovação tecnológica (O2I) - promovida pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e o Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT-Rio.


As áreas de atuação da Instrumentação podem ser identificadas pela sinergia entre: eletrônica, sensores, controle de processos, processamento de sinal, automação, medidas, modelagem, métodos computacionais, mecânica, pneumática, criogenia, nanociências e nanotecnologia. A Instrumentação Científica e Tecnológica pode ser desenvolvida para a produção de novos materiais, dispositivos, equipamentos, sistemas, fármacos e tratamentos médicos entre outros. As áreas de aplicação da instrumentação são em geral: a caracterização, quantificação e controle de parâmetros físicos, químicos, biológicos, ambientais etc.


Este terceiro O2i pretende fomentar a futura interação entre as áreas acadêmicas e industriais voltados à Instrumentação Científica, a Inovação Tecnológica e áreas afins por meio da realização de parcerias e convênios. Este evento ainda pretende criar um ambiente profícuo para a discussão e difusão de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, suas metas, resultados e desafios.


Comitê Executivo do O2i